quinta-feira, 5 de março de 2009

...sempre outra vez!

Prazeroso seria,
pudesse ao menos ser vivido...
Se pudesse! Seria uma dádiva,
se ao menos existido!
Existindo... Inestimável seu valor,
Uma doce lembrança para o fim dos dias...
Se pudesse, ainda, um outro suspiro
Depois do primeiro, a graça de ter nascido,
Um outro suspiro, que não o derradeiro...
O óbito precoce é tudo...
Tudo quanto foi possível!
Como aquela história
Que chega ao fim sem começo...
Na tela alva, apenas um traço,
Do que viria a ser um bela pintura
As mãos suja de barro...
Do barro que não foi escultura.
Das paginas em branco,
O livro se perde em pensamentos chochos
Poucas linhas, mal traçadas,
Rabiscadas em desalinho,
Obra memorável,
Tivesse oportunidade, de terminá-la o autor,
Um lamento insípido apenas...
Cala uma quase dor...
Cala!
Altiva... o horizonte paira ante os olhos
Sem brilho, nem tristes...
Um ultimo instante contempla,
E agora, um passo... e outro, e outro...
Não precisava caminhar tão só,
Não queria, não podia...
Mais um passo, e outro, e outro...
Bendizendo ou lamentando
Aquilo que soa amargamente sina...
Finda-se o devaneio do poeta...
Mas não era para ser assim!

01/02/2007 (sempre outra vez... )


"Nas idas e vindas da vida... umas e outras linhas!"


Zell

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